2 de novembro de 2021

Apple desacelera produção de iPads para priorizar iPhones 13, diz site

Já falamos aqui sobre como os problemas no ritmo de produção causados pela crise no mercado de chips e por consequências tardias da pandemia de COVID-19 ameaçam o que poderia ser um trimestre histórico da Apple. Falamos também sobre o prejuízo de US$6 bilhões da Maçã por conta dessas questões, e a previsão de que a lentidão persistirá nos próximos meses.

O que fazer, então? Bom, uma ideia é depositar todas as suas fichas no carro-chefe da sua linha — e é exatamente o que a Apple está fazendo com os iPhones 13, segundo o Nikkei: de acordo com uma reportagem de hoje, a empresa desacelerou significativamente a produção de iPads para priorizar o ritmo de fornecimento dos seus novos smartphones.

Segundo a matéria, a produção de iPads nos últimos dois meses foi 50% menor do que o originalmente planejado pela Apple porque parte das suas peças foram redirecionadas para fazer mais iPhones 13 [mini, Pro, Pro Max]. As duas linhas compartilham uma série de componentes, como chips centrais e periféricos, o que permite que a Apple remaneje o fornecimento de peças de acordo com a demanda e possíveis problemas na produção de uma das linhas.

A movimentação parece estar em linha com o que a Apple prometeu na sua última conferência de resultados financeiros: na ocasião, Tim Cook afirmou que a companhia está “trabalhando febrilmente” para aumentar o ritmo de produção dos iPhones 13.

Além das peças de iPads, componentes originalmente destinados a iPhones mais antigos também foram redirecionados à fabricação dos novos smartphones — o que indica, além de uma alta demanda, que a Maçã está enfim sentindo na pele os efeitos da crise dos chips, algo que conseguiu evitar até o momento por seu poder quase inigualável de mercado e negociações privilegiadas com fornecedoras.

O fato é que, por ora, ambas as linhas — tanto a do iPhone 13 quanto as dos iPads mais recentes — continuam com problemas de estoque e prazos de envio dilatados em diversas lojas da Apple ao redor do mundo. Vejamos, portanto, se a estratégia dela surtirá o efeito desejado.